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Black Friday: 10 pontos que o consumidor precisa saber

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Chegou o mês em que vitrines e sites competem pelo seu olhar. A Black Friday tornou-se o grande show do consumo moderno e, como todo espetáculo, tem luzes e sombras. Entre o “50% off” e o “leve dois, pague um”, há armadilhas tanto nos corredores dos shoppings quanto nas páginas dos sites de compras.

Aqui vão 10 pontos que o consumidor esperto precisa enxergar, antes de entrar na loja ou clicar em “comprar agora”.

  1. O desconto que não existe

Em muitas vitrines, o preço “original” é tão fictício quanto o Papai Noel de novembro. O produto custa o mesmo de sempre, só ganhou uma etiqueta nova.

Verdades nuas e cruas: Preço que não caiu antes da Black Friday é truque, não vantagem. Faça pesquisas, anote. Se o preço não caiu, o desconto é de marketing, não de verdade.

 

  1. O frete e a “taxa surpresa”

No digital, o frete disfarça o desconto. No físico, é a “taxa de montagem”, “entrega expressa”, “seguro obrigatório” ou “garantia estendida” que aparece no caixa.

 Fique atento: Preço final é o único preço que importa. E se a loja disser que o valor muda no cartão, já encontrou seu primeiro sinal de alerta. Fique atento!

  1. Black Friday ou Black Fraude?

Os golpes não estão só nos links falsos, estão também nas ruas. Lojas improvisadas, produtos sem nota fiscal e maquininhas “de terceiros” são convites ao prejuízo e à insegurança dos seus dados.

Regra de ouro: Desconfiança não é paranoia, é inteligência. Exija sempre a nota fiscal, consulte o CNPJ nas ferramentas de busca e, desconfie de promessas de preço menor, se não houver registro da compra.

  1. Emoção é inimiga da decisão

Ambientes físicos são projetados para acelerar o consumo: música alta, cheiros marcantes, luz direcionada e vendedores treinados em gatilhos.

 Pare, respire, observe. Se parece urgente, é porque o marketing está decidindo por você.

 

  1. Cashback, cupom e milhas: use, mas não se perca

No digital, eles se multiplicam; nas lojas, vêm em forma de “vale-compras” ou “créditos para próxima visita”.

Verdade: Se você não planejava comprar de novo, o benefício é armadilha. Todo benefício que o obriga a voltar, o prende. Não tem intenção de usar no futuro, não é benefício.

  1. O estoque fantasma

Tanto online quanto na loja física, o “último item” é o bordão favorito do vendedor. O estoque “acaba” só para provocar o seu medo de perder.

Se o produto ainda estará lá na segunda-feira, o desconto era psicológico. Olhe além: o desconto de verdade sobrevive à segunda-feira.

  1. O parcelamento que anestesia

No site, em 10x “sem juros”; na loja, “apenas R$ 99 por mês”. O número é o mesmo, o disfarce muda.

 

Lição real: se precisa parcelar o que não era urgente, está comprando dívida, não oportunidade.

  1. O “novo modelo” que já vai envelhecer

O ciclo da obsolescência é cada vez mais curto: TVs, celulares, eletrodomésticos. Parece que tudo tem cada vez mais um prazo de validade menor e não é por qualidade ou aplicação, muitas vezes é por status ou aparência.

Pense: você precisa da novidade ou só quer o status de quem comprou antes dos outros?

  1. As assinaturas e serviços embutidos

Na loja, é o seguro “obrigatório”. No online, o “teste grátis” que vira cobrança automática.

Lição: Leia o contrato antes de aceitar o desconto. O problema raramente está no produto e sim, está na letrinha pequena.

  1. O poder de dizer “não”

Nem toda promoção é oportunidade, muitas são tentações com bom design.

 Reflexão importante: economia não é pagar menos, é comprar melhor. E às vezes, é simplesmente não comprar.

A Black Friday é um espelho onde quem compra para preencher, sai vazio e quem compra com consciência, lucra.

Black Friday passa. Consciência fica. E quem enxerga, lucra com verdade.

Fonte: Anderson Ozawa*

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