Programação gratuita inclui oficinas de acessibilidade e performances artísticas como roda de samba e seresta
No passado, envelhecer era um privilégio de poucos, mas isso mudou. Em 2050, estima-se que 31% da população vai ter mais de 60 anos no Brasil. A expectativa de vida aumentou mais de 30 anos no último século. Pela primeira vez na história, haverá mais idosos que crianças – e essa revolução da longevidade traz muitas oportunidades e desafios para as cidades e a sociedade.
Esse é o tema da Exposição Cidade 60+, em cartaz no Museu da República até 16 de julho, que convida o público de todas as idades a vivenciar diferentes situações do cotidiano na cidade, compartilhar experiências e discutir temas como saúde, preconceito, qualidade de vida e acessibilidade das pessoas com mais de 60 anos. Com idealização da Festum e coorealização da Folguedo, a exposição tem apoio da Lei de Incentivo à Cultura / Ministério da Cultura e patrocínio da Sotreq.
A exposição ocupa três salas do museu com diversos vídeos, jogos, experimentos, intervenções artísticas e depoimentos de pessoas 60+ e de especialistas que atuam por uma sociedade mais justa e inclusiva. Reúne ainda intervenções artísticas como fotografias documentais de Claudia Ferreira, um curta-metragem imersivo de Andressa Núbia, uma videoinstalação de Leonardo Martins, o yarnbombing ou bombardeio de fios da artesã Luiza Andreia, lambes de Alberto Pereira e a série “LGBT+60: Corpos que Resistem”, idealizada pelo jornalista Yuri Fernandes. A mostra conta com audiodescrição e tradução em Libras – a Língua Brasileira de Sinais.
Na semana de inauguração, a programação inclui atividades culturais temáticas ao livre, nos jardins do Museu da República. Haverá apresentação do Coral do Museu da República, da roda de samba A Gloriosa, grupos de Seresta do Museu da República e performance artística de Julie Brasil. Além disso, a Exposição Cidade 60+ inclui uma série de oficinas de acessibilidade cultural e cheia de atitude, sobre temas como capacitismo e acessibilidade científico/cultural e tecnológica.
“Depois de desenvolver a Exposição Cidade Acessível, que discute acessibilidade e mobilidade urbana, percebemos a importância de pensar essas questões a partir dos idosos. Essa é uma reflexão que interessa a todos, pois todos envelhecemos, e o envelhecimento da população é uma das questões sociais, econômicas e culturais mais importantes no mundo atual. E no momento já estamos trabalhando no próximo projeto, a Exposição Cidade Mulher, que aborda o acesso, mobilidade e direito à cidade a partir de uma perspectiva de gênero, visibilizando intervenções artísticas urbanas de mulheres”, dizem os idealizadores e realizadores da Exposição Cidade 60+.
A Exposição Cidade 60+ faz parte de uma plataforma de conteúdos e experiências sobre temas como saúde, preconceito e acessibilidade das pessoas com mais de 60 anos. É possível visitar também a Exposição Virtual Cidade 60+: https://cidade60mais.com.br/
Sobre o Museu da República
O Palácio do Catete, que abriga atualmente o Museu da República, é um prédio histórico localizado na cidade do Rio de Janeiro e foi palco de diversos episódios importantes da história. O Museu da República busca contribuir para o desenvolvimento sociocultural do país por intermédio de suas ambientações, exposições temporárias e de longa duração, eventos culturais, ações de preservação, pesquisa e comunicação do patrimônio cultural republicano que conserva. O seu compromisso é com a universalização democrática do acesso aos seus acervos, o respeito à diversidade e a construção da cidadania.
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