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Inhotim realiza sua primeira exposição internacional em Washington

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Crédito Inter-American Development Bank (IDB)

O Inhotim realiza pela primeira vez uma exposição internacional, na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington (EUA). A mostra Inhotim: at the Crossroads of Glocal Change reúne obras da coleção de arte contemporânea do museu e experiências audiovisuais inspiradas nos jardins do Parque. Com trabalhos dos artistas Iran do Espirito Santo, Luiz Zerbini, Olafur Eliasson e Vik Muniz, a exposição propõe uma reflexão sobre os impactos das mudanças climáticas e as ações que podem ser adotadas para reduzir os seus efeitos.

Para a diretora artística adjunta do Inhotim, María Eugenia Salcedo, a Instituição tem o potencial de influenciar a sociedade de forma individual e coletiva, fornecendo um modelo que pode ser reproduzido globalmente. “O Inhotim nos inspira a refletir sobre mudanças e ciclos. É um espaço que muda positivamente o ambiente no qual está inserido e, ao mesmo tempo, é mudado pelo ambiente”, diz a diretora.

A exposição é resultado de uma parceria com o BID, que viu no Inhotim um agente de mudança positiva “glocal” devido à maneira pela qual o Instituto combina arte, natureza e desenvolvimento humano. Cunhado pelo sociólogo Roland Robertson, o termo “glocal” é a junção das palavras global e local e refere-se à interdependência entre os dois contextos. Em seus 140 hectares de visitação, o Inhotim possui um acervo com obras de cerca de 250 artistas, de 30 nacionalidades, além de um Jardim Botânico com mais de 4.500 espécies botânicas de todos os continentes.

“O Inhotim é um exemplo da arte a serviço da Humanidade, tanto por suas ações a nível local de apoio à comunidade onde está localizado, quanto pela influência que pode exercer para o debate global sobre mudança climática”, afirma Trinidad Zaldívar, chefe da Divisão de Cultura, Criatividade e Solidariedade do BID.

Na mostra, as obras abordam elementos da natureza como água, terra e plantas, sempre impactados por ações humanas. Já as experiências audiovisuais apresentam o Inhotim desde uma perspectiva panorâmica aérea, uma visão microscópica e um registro de 360º. Um dos trabalhos apresentados é de autoria do coletivo artístico O Grivo, que produziu composições sonoras a partir de sons captados no Inhotim. Por meio de uma calculadora digital, o público poderá, também, medir suas emissões de carbono. A exposição fica até o dia 13 de outubro.

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