O Teatro Paulo Eiró será o palco para a realização da terceira edição do Voz Festival – Arte e Diálogo, criado para valorizar e fortalecer as diversas vozes de artistas de grupos minorizados e invisibilizados pela sociedade, contribuindo para um mundo mais justo e respeitoso, onde cada indivíduo possa ocupar o seu lugar de direito.
Nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro, o festival abre seu espaço para artistas autorais independentes da música, das artes cênicas, poesia, coral e dança, propagarem seus projetos artísticos, que sofrem pela falta de espaço e visibilidade em espaços culturais.
Vozes importantes com narrativas significativas que contribuem para o fortalecimento e acolhimento de pessoas que enfrentam preconceito, discriminação e diferentes formas de violência, profissionais atuantes na filosofia, lutas sociais, educação, história e medicina, dividirão suas experiências e seus processos de resiliência, superação e empoderamento com os artistas e também com o público, em um diálogo direto, para que estes possam então atuar como agentes de disseminação dos temas discutidos em suas comunidades, relações familiares e locais de trabalho. A arte e o diálogo como meios de fomentar o desenvolvimento humano e de abrir caminhos para novas visões e perspectivas.
No primeiro dia, 30/8, a discussão perpassa o tema “Mulher 50+ Mais Criatividade e menos Etarismo”. A influenciadora 50+ Patida Mauad conduzirá a noite, que traz a Intervenção Poética de Paula Valéria Andrade e a mesa de diálogos “Voz de Troca” mediada por Adriana Coelho Silva com a Dra. Ana Cristina Napolitano e a cantora Ceumar, que faz o show de encerramento do dia. Este evento será replicado em setembro, em verão reduzida, em uma unidade do CEU paulistano.
No sábado, 31/8, o tema é “PcD – No Foco Central”. A condução fica a cargo de Gustavo Parreira, PcD que desenvolve trabalhos na moda inclusiva e sustentável. Após a Intervenção Poética com Mona Rikumbi, a mesa “Voz de Troca” recebe o diálogo entre a ativista PcD e LGBTQIAPN+ Priscila Siqueira e Cris Simões, fundadora da Associação dos AVCistas do Brasil, com mediação de Julia Piccolomini, fundadora e realizadora da Parada do Orgulho da Pessoa com Deficiência. O show da noite fica a cargo do multiartista PcD Quixote.
“Brasil é terra Indígena – Fortalecimento e Protagonismo” é o tema da terceira e última noite do Voz Festival. A apresentação será da escritora, artesã e defensora dos direitos das mulheres indígenas Jovina Renhga. O Coral Indígena Opy Mirim faz uma intervenção artística, preparando o público para a mesa “Voz de Troca”, mediada por Karai Verá Mirim, cacique da aldeia Tekoa Yvy Porã, com Olivio Jekupe, escritor de literatura nativa da aldeia Kakane Porã em Curitiba, e Arajú Ara Poty, mãe e liderança na Preservação da Cultura Guarani M’bya. Katú Mirim, mulher lésbica, rapper, compositora e ativista da causa indígena, reconhecida por suas letras que recontam a história da colonização pela ótica indígena, faz o show que fecha o Voz Festival – Arte e Diálogo.
Voz Presente
Ao término das mesas de diálogos “Voz de Troca”, os participantes exibirão cartazes informativos que fornecerão números de telefones, sites e plataformas de apoio e acolhimento disponíveis para vítimas de discriminação baseada na idade (etarismo), violações dos direitos humanos (disque 100), questões relacionadas à deficiência (Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência/ DPPD), discriminação racial contra povos indígenas (CIMI – Conselho Indigenista Missionário) e crimes de racismo e intolerância (Decradi – Delegacias de crimes raciais e delitos de intolerância).
Plantando Vozes
Os ingressos são gratuitos, com arrecadação de contribuição sem obrigatoriedade (doe quanto puder) e podem ser reservados através da plataforma Eventbrite ou retirados uma hora antes de cada evento. O valor arrecadado será doado integralmente para instituições de acolhimento e apoio ligadas aos temas desta edição: Mulheres 50+, PcD e Indígenas.
Acessibilidade
O evento conta com autodescrição, para inclusão de pessoas com deficiência visual e terá tradução em libras durante toda a sua duração. Posteriormente, todo o conteúdo será legendado e disponibilizado no canal do YouTube do Festival, garantindo acessibilidade para o público com deficiência auditiva que não pode comparecer às datas do evento.
Voz Pocket
Esta edição trará ainda uma apresentação do Voz Festival em formato pocket, destinada aos alunos e professores de escolas públicas, com entrada gratuita. Com a mesa de diálogos Voz de Troca, mediada pela jornalista Claudia Lima, com a Dra. Ana Cristina Napolitano e a cantora Ceumar, que novamente faz o show de encerramento, no CEU Pêra Marmelo, traz novamente o tema “Mulher 50+ Mais Criatividade e Menos Etarismo”, para que pessoas de todas as idades e gêneros entendam o processo de envelhecimento e o potencial produtivo na maturidade. Além disso, promove uma cultura de apoio e empatia entre diferentes gerações e ajuda a desmistificar a menopausa como uma fase natural do ciclo da vida das mulheres.
Voz Festival – Arte e Diálogo representa a expressão da liberdade artística e é um convite à escuta, promovendo uma visão mais tolerante, inclusiva, democrática e acolhedora, em prol de uma sociedade mais responsável, centrada na vida, no afeto e no respeito mútuo.
Serviço
Voz Festival – Arte e Diálogo – 3ª edição
30 e 31 de agosto e 1º de setembro, das 19h às 22h30
Teatro Paulo Eiró
End.: Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro (Próximo ao Metrô Adolfo Pinheiro, Linha 5 – Lilás – 5 min. de distância)
Ingressos Gratuitos: com contribuição voluntária sem obrigatoriedade (doe quanto puder) e renda 100% destinada a instituições de acolhimento e apoio ligadas aos temas desta edição: Mulheres 50+, PcD e Indígenas)
No local até uma hora antes do início do evento
Pela internet – Eventbrite: https://www.eventbrite.com.br/e/voz-festival-tickets-954369213007
Classificação etária: Livre
Acessibilidade para pessoas em cadeira de rodas: teatro, banheiros, entrada, estacionamento
10 de setembro, das 19h30 às 21h15
CEU Pêra Marmelo
End.: Rua Pêra-Marmelo, 226 – Jardim Santa Lucrécia
Entrada gratuita, por ordem de chegada