Diagnóstico precoce é a regra quando o assunto é câncer. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, as mulheres em geral devem iniciar Mamografia a partir dos 40 anos de idade. Pacientes de Alto Risco devem acompanhar com Mastologista e dependendo do seu risco e história familiar iniciar Mamografia e Ressonância das mamas ao redor dos 30 anos. Muita gente não sabe que a doença se manifesta de formas diferentes dependendo da fase da vida da paciente. Mulheres com menos de 40 anos tendem a ter um tipo de câncer biologicamente mais agressivo.
Segundo a ginecologista e mastologista da rede de centros médicos dr.consulta Dra. Fernanda Nunes, a incidência de câncer de mama é maior em mulheres acima dos 40 anos. Acima dos 50, o risco cresce mais e, inclusive, é a partir dessa faixa etária que surgem 80% dos casos. Em outros 7%, a doença é diagnosticada em mulheres com menos de 40 anos. Outros casos são registrados em fases diversas e somam 13%.
A ginecologista explica que o câncer que surge em mulheres com menos de 40 anos pode ser mais agressivo pois há chance de mutação genética como fator de risco. Isso ocorre quando familiares são portadoras de mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. Nem todos os familiares necessariamente herdam a mutação genética. Mas as mulheres que têm esses genes correm risco muito maior de desenvolver câncer de mama e/ou de ovário.
“Por ocorrer em mulheres mais jovens, muitas vezes, a doença é diagnosticada já em estágio avançado devido à alta densidade mamária nessas pacientes, o que dificulta o diagnóstico precoce, sendo um agravante. Outros fatores de risco são: histórico familiar de câncer de mama e de ovário em parentes de primeiro grau, câncer de mama bilateral na família e caso de câncer de mama em homem. Jovens e adolescentes que passaram por tratamento radioterápico de tórax por algum motivo (por exemplo, linfoma), têm maior risco de desenvolver câncer de mama após 10 anos do tratamento ser realizado”, afirma.
Obesidade também é fator de risco
A médica alerta ainda que o câncer de mama pode ser motivado por outro fator de risco: a obesidade. “Com maior número de células de gordura no corpo, um volume maior do hormônio feminino pode ‘servir como alimento’ para alguns tipos de tumor que são receptores hormonais positivos“, salienta.