O uso da tradicional colher de pau ainda é comum em muitas cozinhas domésticas e até em alguns restaurantes, mas esse hábito pode representar sérios riscos para a saúde dos consumidores.
Assim como acontece com as tábuas de madeira, a colher de pau apresenta uma superfície porosa, capaz de acumular umidade e restos de alimentos. Esse ambiente cria condições ideais para a proliferação de bactérias perigosas, como Salmonella e Escherichia coli.
O problema da colher de pau é que, mesmo com a higienização, a porosidade da madeira dificulta a remoção completa de resíduos. Com o tempo, fissuras e rachaduras aumentam esse risco, tornando impossível garantir a segurança do utensílio em cozinhas de casa e, claro, profissionais.
No ambiente doméstico, o risco já existe, mas em restaurantes ele é ainda mais grave. Além da maior escala de produção, a responsabilidade sanitária é regida por legislações rigorosas que exigem o uso de utensílios de materiais não porosos, como inox, silicone ou plásticos de grau alimentício.
Restaurantes não podem utilizar colheres de pau em nenhuma hipótese. A legislação sanitária brasileira é clara ao exigir materiais que permitam higienização adequada. O uso desse tipo de utensílio pode levar a autuações, multas e até interdição do estabelecimento.
A orientação, portanto, é clara: a substituição da colher de pau deve ser imediata em cozinhas profissionais e mesmo domésticas.
Fonte: Paula Eloize – fundadora da Food Smart e pesquisadora na área