Com a chegada do verão, a rotina de praia, piscina e festas ganha força. Com ela, aumentam também as condições de saúde típicas da estação.
Pele e cabelos: fotoproteção reforçada
O verão coincide com o Dezembro Laranja, campanha de conscientização sobre o câncer de pele. Atenção para o uso da “regra dos três dedos” – um método prático para garantir a quantidade correta de protetor solar para o rosto e o pescoço, aplicando uma linha contínua do produto nos dedos indicador, médio e anelar e espalhando uniformemente pela pele. Recomenda-se que o produto seja passado de 20 a 30 minutos antes da
exposição, com reaplicação a cada três horas ou após o banho de mar ou de piscina.
Os cabelos também exigem atenção. Sol, cloro e sal favorecem o ressecamento e o desbotamento da cor. Acessórios como lenços e bonés – além de produtos com proteção UV – ajudam a reduzir os danos. Umedecer os fios com água doce antes do mergulho é uma medida simples que reduz a absorção de substâncias agressivas.
Na areia, doenças como micoses e bicho-geográfico tendem a ser mais frequentes. O bicho-geográfico aparece como uma lesão em forma de ‘caminho’ na pele. É importante procurar atendimento médico porque há tratamento específico.
O calor favorece infecções, mas prevenção é simples
O calor e a umidade criam condições propícias ao desenvolvimento de vírus, fungos e bactérias. Ele aumenta especialmente os casos de micoses, gastroenterites e conjuntivites.
Apesar disso, medidas básicas costumam ser suficientes para reduzir a maior parte dos riscos. Manter a pele seca, trocar roupas molhadas rapidamente, usar chinelos em
ambientes úmidos e higienizar as mãos com frequência são cuidados eficazes. Em praias e piscinas, a recomendação é evitar entrar na água com feridas abertas e priorizar locais com tratamento adequado. Após o banho de mar ou de piscina, vale enxaguar o corpo e secar bem as dobras.
Intoxicações alimentares.
Bactérias como _Salmonella_ e _E. coli_ se multiplicam mais rapidamente no calor, por isso, observe a higiene do local e evite alimentos expostos sem refrigeração. Na maioria das vezes, os quadros não são graves, mas a combinação de vômitos persistentes, febre e sinais de desidratação merece atenção.
Olhos: proteção vai além dos óculos escuros
Os olhos ficam expostos tanto à luz direta quanto aos reflexos da água e da areia. Ele alerta que a radiação ultravioleta pode queimar a córnea e, a longo prazo, aumentar o risco de pterígio e catarata. É fundamental usar óculos com proteção UV de verdade. É
preferível não usar óculos de sol do que usar óculos falsificados.
Piscinas, mar e vento favorecem a ocorrência de conjuntivites e irritações oculares. Evite coçar os olhos, reforçar a higiene das mãos e não compartilhar toalhas, nem maquiagem. Para usuários de lentes de contato, o alerta é ainda maior: o ideal é não nadar com elas. Caso não seja possível, o uso de modelos descartáveis diários, combinado com óculos de natação bem vedados, reduz o risco de contaminação.
Alimentação e hidratação: equilíbrio nas festas e viagens
As celebrações de fim de ano tendem a aumentar o consumo de alimentos calóricos e de bebidas alcoólicas. A melhor estratégia é fazer porções pequenas para aproveitar sem
exagerar. Mantenha refeições regulares ao longo do dia para evitar compensações e episódios de compulsão à noite.
Em relação à hidratação, a orientação média é de 35 ml de água por quilo de
peso corporal, aumentando essa ingestão nos dias mais quentes. Para quem consome álcool, alternar cada bebida com um copo de água ajuda a reduzir a desidratação e o mal-estar.
Saúde geral no calor: atenção aos sinais do corpo
As altas temperaturas tornam mais comuns quadros como desidratação, exaustão pelo calor e insolação. Segundo ele, esses problemas podem começar de forma discreta, mas evoluir rapidamente. A insolação é a apresentação mais grave e costuma causar febre muito alta, pele quente e seca, dor de cabeça intensa, náuseas, confusão mental e, em alguns casos, desmaio. Já a desidratação apresenta sede intensa, boca seca, tontura e
redução do volume urinário, enquanto a exaustão pelo calor tende a provocar suor excessivo, fraqueza e cãibras.
No verão, a necessidade de hidratação aumenta para todas as faixas etárias, mas crianças e idosos exigem atenção especial, já que desidratam mais rapidamente e nem sempre conseguem comunicar a sede. Ele também orienta a evitar exercícios ao ar livre
entre 10h e 16h, período de maior radiação e risco de hipertermia. Hidratar-se antes, durante e depois da atividade e fazer pausas em locais com sombra reduz significativamente o risco de exaustão.
Fonte: Médicos especialistas em dermatologia, infectologia, oftalmologia e nutrição dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru




