A Mostra Tiradentes movimentou a cidade histórica ao longo de nove dias de programação intensa e gratuita que beneficiou mais de 35 mil pessoas, exibiu 108 filmes, destacou a mulher na cena audiovisual e promoveu diversas atividades que espalharam arte por todo o município.
A histórica Tiradentes se transformou para sediar a 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes entre os dias 20 e 28 de janeiro. O evento, considerado a principal plataforma de lançamento da produção audiovisual independente, reuniu ao longo de nove dias diretores, produtores, atores, autoridades e demais representantes do setor. A programação gratuita de sessões especiais, pré-estreias, homenagens, debates, oficinas, lançamento de livros, exposições, apresentações artísticas e performances atraiu um público estimado em 35 mil pessoas.
A Mostra exibiu 108 filmes brasileiros – 34 longas, dois médias e 72 curtas-metragens – em 57 sessões de cinema. Foram exibidos trabalhos de 12 estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Paraná, Maranhão, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul – além do Distrito Federal. Foram nove mostras temáticas, Aurora, Homenagem, Olhos Livres, Cinema em Reação, Horizonte, Praça, Bendita, Sessão Debate e Mostrinha, além da programação de curtas, que incluiu as mostras Foco, Panorama, Praça, Cena Mineira, Cena Regional, Experimentos, Formação, Jovem e Mostrinha.
Outros números demonstram a grandiosidade da Mostra de Cinema de Tiradentes, que promoveu o 20º Seminário do Cinema Brasileiro, reunindo mais de 60 profissionais em debates, mesas temáticas, diálogos audiovisuais e na série Encontro com a crítica, o diretor e o público. No âmbito do programa de capacitação, a promoção de 10 oficinas gratuitas certificou 240 pessoas. A Mostrinha de Cinema reuniu atrações para o público infantojuvenil e três exposições apresentaram a trajetória dos 20 anos do evento. A programação da Mostra Tiradentes atraiu a cobertura de 68 veículos de imprensa, sendo credenciados 87 profissionais, entre jornalistas e críticos de cinema de emissoras de rádio e TV, portais e agências de notícias, revistas eletrônicas especializadas, jornais e revistas. Além disso, mais de 500 convidados participaram da edição deste ano.
Entre as ações comemorativas dos 20 anos, o evento inaugurou os bate-papos com a equipe dos longas-metragens exibidos no Cine BNDES na Praça, logo após as sessões. Outra novidade foi a abertura da Casa da Mostra (Rua Direita, 224 – Centro Histórico). O local funcionará como um centro de formação, capacitação, disseminação de informações, experiências e ações do setor audiovisual e que permanecerá aberta para visitação pública. “A Mostra de Cinema de Tiradentes propõe um mergulho para além dos nove dias de evento, ao idealizar e instalar em Tiradentes a Casa da Mostra com o propósito de abrir novas janelas para o cinema brasileiro, com possibilidades de diálogo, formação e acesso à produção cinematográfica. Um lugar de encontro, pesquisa e produção do conhecimento e do fazer cinematográfico de Minas e do Brasil que expressa o alcance de um trabalho coletivo e atua para expandir e projetar as diversas formas de criação e manifestações artísticas”, pontua Raquel Hallak, coordenadora geral da Mostra de Tiradentes e Diretora da Universo Produção.
Além disso, houve a criação da Mostra Olhos Livres, cujo nome homenageia o cineasta Carlos Reichenbach, falecido em 2012. O palco do Sesc Cine-Lounge, por sua vez, promoveu o encontro de todas as artes com o cinema, e o público pôde conferir uma programação de vanguarda que destacou o trabalho autoral e independente de vários artistas, grupos e coletivos.
Em 2017, o evento prestou homenagens a duas mulheres do cinema brasileiro: as atrizes, produtoras e diretoras Helena Ignez e Leandra Leal, que tiveram sua trajetória resgatada em debates e filmes. A noite de encerramento, neste sábado, 28 de janeiro, terá a premiação e entrega do Troféu Barroco para as seguintes categorias: Melhor filme da Mostra Aurora Melhor curta da Mostra Foco eleitos pelo Júri da Crítica; e Prêmio Carlos Reichenbach, para o melhor filme da Mostra Olhos Livres, eleito pelo Júri Jovem. O Troféu Barroco será entregue para o melhor longa e melhor curta eleitos pelo Júri Popular. Este ano, a Mostra de Cinema de Tiradentes inaugurou também o Prêmio Helena Ignez, a ser entregue para um destaque feminino de algum dos filmes concorrentes nas mostras Aurora e Foco.
Da Redação