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Libido em queda? Como recuperá-lo?

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Se o desejo sexual desapareceu, não é só sua mente que está dizendo ‘não’. Seu corpo pode estar enviando sinais de alerta sobre desequilíbrios hormonais, estilo de vida e até a saúde do seu coração. Entenda como a libido funciona e o que realmente pode reativar o desejo sexual de forma natural e cientificamente comprovada.

 

Por que a libido está em queda?

A libido sempre foi cercada de mistérios e tabus. Enquanto alguns acreditam que ela deve estar sempre em alta, outros encaram sua oscilação como um problema. A verdade? O desejo sexual é um termômetro da saúde física e emocional, e sua queda pode indicar desde simples alterações hormonais até problemas metabólicos e psicológicos mais sérios.

O médico nutrólogo, Dr. Ronan Araujo explica: “O estresse, a alimentação, a qualidade do sono, os níveis hormonais e até a exposição excessiva às telas podem impactar diretamente o apetite sexual.” Mas será que existe uma forma de reverter isso sem recorrer a medicamentos ou soluções momentâneas?

A resposta está na ciência do desejo.
A ciência da libido: como o desejo sexual funciona?

O desejo sexual não surge do nada. Ele é resultado de uma complexa interação entre hormônios, neurotransmissores e fatores emocionais. O cérebro, os vasos sanguíneos e até o intestino desempenham papéis fundamentais nesse processo.
Os principais reguladores da libido são:

  • Testosterona: O hormônio mais associado ao desejo sexual, presente tanto em homens quanto em mulheres. Quando está baixo, o desejo pode desaparecer.
  •  Estrogênio e progesterona: Cruciais para a libido feminina. O equilíbrio entre eles impacta o prazer sexual, lubrificação e resposta ao estímulo.
  • Dopamina: O neurotransmissor do prazer e da motivação. Baixos níveis podem reduzir o interesse sexual e aumentar a procrastinação.
  • Serotonina: Embora seja associada ao bem-estar, níveis muito altos podem suprimir o desejo sexual.
  • Cortisol: O hormônio do estresse, que pode bloquear completamente a libido quando está cronicamente elevado.
  • Óxido nítrico: Fundamental para a circulação sanguínea e a resposta sexual, especialmente para a ereção e a excitação feminina.

O problema é que o estilo de vida moderno vem sabotando todos esses mecanismos.
O grande vilão: como o estilo de vida está matando sua libido

Se sua libido está baixa, sua rotina pode ser a principal culpada. A vida moderna alterou drasticamente os estímulos naturais do nosso corpo, reduzindo o desejo sexual e enfraquecendo a conexão entre mente e corpo.
Excesso de estresse e trabalho: Níveis altos de cortisol bloqueiam a produção de testosterona e esgotam a dopamina. Se sua mente está sobrecarregada, seu corpo não vê necessidade de ativar o desejo.

Falta de sono de qualidade: Durante o sono profundo, seu corpo regula hormônios essenciais para o desejo sexual. Dormir pouco pode reduzir a testosterona em até 15% em uma semana.

Sedentarismo: A falta de movimento diminui a circulação sanguínea, reduzindo a capacidade de resposta sexual. O coração bombeia menos sangue para os órgãos genitais, impactando a excitação.

Uso excessivo de tecnologia: A exposição prolongada a telas reduz a produção de dopamina e altera a percepção do prazer real. O consumo excessivo de pornografia também pode gerar um efeito de dessensibilização ao desejo sexual.

Má alimentação: Alimentos ultraprocessados inflamam o corpo, alteram a produção hormonal e comprometem a função vascular – essencial para a resposta sexual.

Se você se identificou com pelo menos um desses fatores, sua libido pode estar sendo sabotada silenciosamente. Mas há solução.

Como recuperar o desejo sexual de forma natural e cientificamente comprovada

Recuperar a libido não significa apenas aumentar o desejo sexual. Significa equilibrar o corpo e a mente para que o prazer volte a ser natural.
O poder do movimento: Exercícios físicos aumentam a circulação sanguínea, melhoram os níveis hormonais e reduzem o estresse. Apenas 30 minutos diários de atividade podem elevar os níveis de testosterona e estimular o desejo.

Sono: seu melhor afrodisíaco: Dormir bem regula os hormônios e melhora a resposta sexual. Criar uma rotina de sono e evitar telas antes de dormir pode trazer resultados rápidos.

Alimentos que potencializam a libido: Alimentos ricos em zinco, magnésio e arginina são essenciais para a saúde sexual. Aposte em:

✔ Chocolate amargo (estimula dopamina)
✔ Ovos (rico em colina e testosterona)
✔ Ostras (altamente ricas em zinco)
✔ Nozes e sementes (melhoram a circulação sanguínea)
✔ Abacate (fonte de gorduras boas que regulam os hormônios)

Reduzir o estresse: Técnicas como meditação, respiração profunda e pausas na rotina podem ajudar a equilibrar o sistema nervoso e reativar o desejo.
Evite toxinas e estimulantes: O consumo excessivo de álcool, cigarro e cafeína pode comprometer a circulação sanguínea e impactar negativamente a libido.
Existe um limiar ideal para a libido?

O desejo sexual não deve ser encarado como uma competição. Ele varia de pessoa para pessoa e sofre influência de inúmeros fatores. Não existe um padrão único para o que é “normal” – o importante é que sua libido esteja alinhada com seu bem-estar físico e emocional.
“Se a queda do desejo sexual estiver acompanhada de outros sintomas, como fadiga excessiva, falta de disposição ou irritabilidade, pode ser um sinal de desequilíbrio hormonal ou metabólico. Buscar orientação médica e exames pode ser essencial para identificar e tratar possíveis causas subjacentes.”. Destaca o Dr. Ronan Araujo.
Libido não é apenas desejo – é saúde e equilíbrio

Se sua libido está baixa, não encare isso como um problema isolado. Veja como um alerta do corpo para algo que pode estar fora do equilíbrio. A boa notícia? Você tem controle sobre isso. Pequenos ajustes no estilo de vida podem trazer grandes mudanças no desejo sexual e na qualidade de vida.
O segredo para uma libido saudável está no equilíbrio – entre corpo, mente, alimentação e rotina. Se você está esperando uma pílula milagrosa para resolver essa questão, talvez a resposta esteja dentro dos seus próprios hábitos diários.

Fonte: Dr. Ronan Araujo: CRM – 197142. Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

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