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Verão chegando pede ainda mais cuidados com a pele

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Brasília – No Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove a 14ª campanha contra o câncer de pele. No Distrito Federal, o “Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele” foi realizado no Ambulatório do Hospital Regional de Ceilândia, onde foram atendidos mais de 200 pacientes

O início do verão no hemisfério sul, época do ano com maior incidência de sol. A radiação solar é um dos principais fatores de risco para desenvolver o câncer de pele.

As recomendações são: evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, usar sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção 30. Camisetas UV são grandes aliadas.

Outra dica é ficar de olho na proteção: usar o filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege por longos períodos. É necessário reaplicá-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. E mesmo filtros solares “à prova d’água” devem ser reaplicados; além disso, procurar lugares com sombra. Atenção: pessoas com a pele negra não devem descuidar da proteção.

O câncer de pele é o tumor maligno mais comum no Brasil, representando cerca de 30% a 33% dos casos de câncer no país. Em 2022, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou que o Brasil registraria 185,6 mil novos casos de câncer de pele.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, conforme as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.

Os mais comuns tipos de câncer de pele são os Carcinomas Basocelulares e os Espinocelulares. Mais raro e letal que os Carcinomas, o Melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e, infelizmente, pode dar metástase para órgãos internos e levar o paciente ao óbito se não tratado a tempo.

Fatores de risco: História familiar de câncer de pele, pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros; pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada, exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência, pessoas que apresentam múltiplas pintas no corpo

O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas; assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade.

Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas: – uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central  que sangra facilmente; uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho, uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento. Esses são os principais sinais de alerta para buscar um especialista.

ABCDE: Para facilitar o rastreio foi criado o ABCDE, que é uma referência para que a população observe sua pele, ou a pele do seu familiar, e busque um dermatologista para um diagnóstico preciso.

A pinta suspeita nem sempre vai se transformar em um melanoma. Porém, quanto antes iniciar-se um diagnóstico e um tratamento, mais tranquilo será o processo A letra “A”, do ABCDE, é Assimetria. O paciente pode observar se a pinta, ao ser dividida em duas metades, tem estas metades simétricas. Caso tenha um formato irregular, é uma suspeita.

A letra “B” é para cuidar as Bordas da lesão, pois toda pinta deve ter suas bordas lisas. Pintas com bordas recortadas, como um mapa, podem ser suspeitas.

A letra “C” refere-se às Cores da pinta. Existem diversos tons normais, do marrom claro ao escuro. Quanto mais cores diferentes (vermelho, branco, preto, tons cinza azulados), mais suspeita é a pinta.

O “D” é o Diâmetro dos sinais, considerados com maior risco quando estão maiores de 0,6 cm.

A última orientação é a letra “E”, de Evolução. A pinta que progressivamente tem algum crescimento ou modificação deve ser investigada. Quando perceber uma dessas alterações, o paciente já deve procurar um dermatologista para uma avaliação.

Tratamento: Geralmente o tratamento é cirúrgico com a retirada da lesão e curativo se as margens cirúrgicas estão livres. O tempo é importante no tratamento. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais superficial é a doença e com mais chances de cura. Em poucos casos mais agressivos existe necessidade de radioterapia ou quimioterapia.

Fonte: Priscila Pereira:  Médica Dermatologista, especialista em Dermatologia pela ‘Sociedade Brasileira de Dermatologia’. É membro titular da ‘Sociedade Brasileira de Dermatologia’.

 

 

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