As ceias de Natal e Réveillon costumam vir acompanhadas de mesas fartas, encontros especiais e, muitas vezes, de excesso de cobrança em relação à alimentação.É possível viver esses momentos com equilíbrio, prazer e sem culpa — sem transformar a comida em fonte de ansiedade.
Tanto no Natal quanto na virada do ano, é importante lembrar que uma refeição isolada não define saúde, peso ou resultados. Um jantar festivo não tem o poder de anular hábitos construídos ao longo do ano. O que realmente importa é o que se faz na rotina, não um único evento.
A orientação começa com escolhas intencionais diante da mesa. Observar os pratos, identificar o que realmente desperta vontade e evitar comer apenas por hábito fazem toda a diferença. Em datas como Natal e Réveillon, vale priorizar os pratos típicos e aqueles que têm significado emocional, sem a obrigação de provar tudo.
Entre as estratégias práticas, a nutricionista destaca a importância de comer com atenção. Mastigar bem, perceber sabores e montar o prato de forma equilibrada ajudam a evitar exageros. Uma boa referência é usar o ‘meio a meio’: metade do prato com opções mais leves, como saladas e legumes, e a outra metade com os pratos festivos que você mais gosta. O consumo de álcool também merece atenção. Intercalar bebida alcoólica com água e evitar beber de estômago vazio ajuda a manter o controle.
Quando se fala em moderação, a nutricionista explica que o conceito está ligado ao equilíbrio, e não à exclusão. Comer com moderação é ajustar quantidades, não eliminar alimentos. Às vezes, uma porção menor de sobremesa já satisfaz. Comer devagar e respeitar os sinais de fome e saciedade são atitudes fundamentais”, explica.
Restrições severas deixam o corpo mais ‘ávido’ por energia. Quando a alimentação volta ao normal, a fome aumenta e a saciedade diminui, favorecendo exageros. Para quebrar esse ciclo, a orientação é manter constância, evitar extremos e aplicar estratégias simples de organização e atenção plena.
Pensando no pós-festas, especialmente após o Réveillon, janeiro não precisa começar com radicalismo. Antes de pensar em dietas restritivas ou metas irreais, o primeiro passo é criar estrutura. Organizar a cozinha, deixar alimentos nutritivos à vista e apostar em refeições simples e repetíveis ajudam o corpo a retomar o equilíbrio de forma natural.
Quando existe organização, a alimentação flui melhor. Voltar à rotina com leveza e, se possível, com o acompanhamento de um profissional, é o caminho mais saudável para manter resultados ao longo do ano.
Fonte: Andrezza Botelho – nutricionista




