Com a chegada do outono, é comum que os casos de doenças respiratórias, como rinite e asma, se agravem. A queda de temperatura e a maior permanência em ambientes fechados favorecem o acúmulo de poeira, ácaros e outros alérgenos, especialmente em tecidos como cortinas, tapetes e almofadas – itens que passam muitas vezes despercebidos na faxina.
Limpeza regular é essencial
Conforme a médica, a frequência ideal de limpeza varia conforme o tipo de tecido e o uso do ambiente. Cortinas devem ser lavadas a cada um ou dois meses, e os tapetes, a cada um a três meses, com aspiração semanal nos de uso mais intenso. Já capas de almofadas, mantas e tecidos decorativos devem ser lavados mensalmente, especialmente em casas com animais de estimação ou crianças pequenas.
Além da limpeza frequente, a médica ressalta que é fundamental manter a umidade do ar entre 40% e 50%. Para isso, vale usar umidificadores nos dias secos ou simplesmente deixar bacias com água no ambiente. Já em locais úmidos, ventilação adequada e, se necessário, o uso de desumidificadores ajuda a manter o equilíbrio. “Um higrômetro pode ser um aliado simples para monitorar esse índice em casa”, orienta a Dra. Cristiane.
Alergias, rinite, asma: os riscos vão além do incômodo
A exposição prolongada à poeira e aos ácaros não provoca apenas espirros e nariz entupido. Pode agravar condições crônicas, como asma e rinite, desencadear crises de sinusite e até contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias mais sérias.
“É comum que os sintomas piorem durante a noite ou ao acordar, justamente quando a pessoa passa mais tempo em contato com tecidos como lençóis, colchas e cortinas do quarto”, explica a especialista. Entre os sinais de alerta, estão espirros frequentes, congestão nasal persistente, coceira nos olhos e dificuldade para respirar.
Tecidos pesados? Melhor evitar
Outro ponto importante é a escolha dos materiais usados na decoração. Veludo, chenille, pelúcia e tecidos felpudos devem ser evitados, pois acumulam mais poeira. Tapetes e carpetes também são vilões nesse cenário.
“Prefira tecidos leves e respiráveis, como algodão e linho, que são menos propensos a reter alérgenos. Além disso, optar por materiais naturais, como madeira e pedra, na decoração pode ajudar a reduzir a exposição a compostos irritantes”, recomenda Levy.
Sol, aspirador – e até congelador?
Além da lavagem convencional, há medidas adicionais que podem ajudar no controle dos alérgenos, e uma delas chama atenção: colocar os tecidos no congelador.
“Congelar tecidos por algumas horas pode ser eficaz para matar ácaros e outros microrganismos que causam alergias”, afirma a médica. “É uma solução prática, especialmente para itens que não podem ser lavados com frequência, como bichos de pelúcia, almofadas e algumas cortinas.”
Expor os tecidos ao sol, utilizar sprays antiácaros e capas protetoras também são estratégias recomendadas, assim como manter os ambientes arejados e limpos.
Resumo das dicas:
- Lave cortinas, mantas e capas de almofadas mensalmente
- Aspire tapetes semanalmente e faça limpezas profundas a cada 2 meses
- Evite tecidos felpudos e carpetes em ambientes fechados
- Utilize capas protetoras antiácaros em colchões e travesseiros
- Experimente colocar pequenos tecidos no congelador por algumas horas
- Mantenha a umidade do ar entre 40% e 50%
- Invista em purificadores de ar ou filtros HEPA
Fonte: Hospital Paulista