Galeria de Arte André apresenta exposição sobre surrealismo com obras originais de Salvador Dalí

No ano em que se completam 100 anos do Manifesto Surrealista, a Galeria de Arte André abre a exposição Surrealismo, 100 – A mão, o olhar e a ideia em movimento.

Com curadoria de Mario Gioia, apresenta cerca 50 obras de arte, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, além de 50 itens, entre fotografias e documentação, como livros e catálogos de artistas surrealistas brasileiros e estrangeiros.

A exposição traz obras originais de Salvador Dalí, um dos mais representativos artistas do surrealismo. São cinco litografias do artista espanhol, dentre elas, La Divina Commedia: Inferno, da década de 1960, além da escultura Persistência da Memória, de 1981, representando uma de suas obras mais icônicas, com seus famosos relógios ‘derretendo’.

Além dele, há uma obra original de Joan Miró, pintor e escultor espanhol, também representante do surrealismo, com Mujer ante el sol, feita nos anos 1950. Considerado um dos precursores do surrealismo, o italiano Giorgio de Chirico, também integra a exposição com a obra Il Trovatore con la luna, uma das mais importantes dele, dos anos 1970.

Artistas que tiveram individuais na história da galeria, como o pintor argentino Eduardo Torassa (1987), Roni Brandão (1983) e Philip Hallawell (1976) poderão ser vistos agora. De Hallawell, a André foi precursora em lançar um convite-catálogo, com reproduções de trabalhos da exposição e textos críticos, uma novidade naqueles tempos e prática que se tornaria usual anos depois.

Pode ser vista também, na exposição, uma série inédita do artista nipo-brasileiro Michinori Inagaki (1943-2022), com um conjunto de telas que ‘passeiam’ pelo fantástico, tema não muito utilizado pelo artista, que já teve obras expostas em três edições da Bienal de São Paulo.

Outros trabalhos pouco vistos de artistas que tiveram participação importante na galeria entre os anos 1970 e 1990, e bastante incensados no circuito internacional, como o pintor brasileiro Octávio Araújo (1926-2015) e o pintor italiano Vito Campanella (1932-2014)

Um dos destaques são as obras de Claudio Aun (1943-2018), conhecido por sua arte surrealista em pinturas e esculturas, nomeado em 2010 para a cadeira numero 42 da Academia Brasileira de Belas Artes. Suas obras ganharam notoriedade nos Estados Unidos e na Europa, expondo em várias cidades, como Miami, Nice, Lisboa, Berlim, Amsterdam e em Paris, no famoso “Salon Figuration Critique”. Na Exposição Surrealismo 100 da Galeria de Arte André entre outras obras será possível conhecer suas pinturas da série Gemas do Brasil e esculturas em bronze da importante série Livros que marcaram a comemoração de seus 40 anos de arte, a exemplo a premiada peça Pégasus(foto destaque)

Também serão mostradas peças pertencentes a colecionadores e instituições, assinadas por nomes de peso como Marcello Grassmann (1925-2013) e Fernando Odriozola (1921-1986).

Mulheres e o surrealismo

Artistas mulheres também são destaque na exposição. Nomes expressivos como a escultora gaúcha Sonia Ebling, cujo trabalho escultórico durante o período em que morou em Paris trouxe bastante arrojamento à sua obra, e paulista Sonia Menna Barreto também estão presentes na exposição, representando artistas de longa data do acervo da Galeria André. Dentre as contemporâneas, destaca-se Diana Motta, com a obra “Vaca Vermelha”.

Serviço

Abertura da exposição Surrealismo, 100 – A mão, o olhar e a ideia em movimento

De 28 de setembro a 26 de outubro

Horário de funcionamento – De segunda a sexta, das 9h às 19h e sábados das 10h às 14h

Local: Galeria de Arte André – Rua Estados Unidos, 2.280 -Jardim Paulistano – SP/SP

Fone: (11) 3081-9697 / 3081-3972 / 3063-0427

Entrada gratuita

 

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