Quem navega pelas comunidades virtuais, certamente já deparou com propostas de emprego, com ganhos vantajosos, mas sem muitos detalhes. Cuidado!
O alvo tem sido também o grupo 60+, considerado a reinserção no mercado de trabalho, por muitas vezes oferecendo trabalho temporário.
Representantes da Ong não-governamental Voice For Prisoners, sediada em Hong Kong, estão no Brasil para alertar sobre o aliciamento quem tem acontecido – ocorrendo em todo mundo – por traficantes de cocaína, que acabam por usar como “mulas”, aqueles que acabam se envolvidos com a “gangue”.
O Padre John Wotherspoon, idealizador da campanha “Não Mais Mulas” (em tradução livre de sua versão original, No More Mules), acompanhado por Jane Chow, Chefe de Operações, e Ulises Espinosa, Consultor na América Latina, comentam que a porta de saída das drogas, é geralmente, por São Paulo, tendo como destino Hong Kong, e a partir dali a droga é distribuída para países como Austrália, Nova Zelândia, entre outros.
O número de brasileiros presos coloca o Brasil na segunda posição mundial, atrás, somente, da Colômbia; e o primeiro da América Latina, considerando os indicadores de 2023, quando foram efetuadas 13 prisões de brasileiros e brasileiras entre 22 e 75 anos pelo transporte ilegal de cocaína.
O assédio acontece em vários países, havendo como presos no país asiático, pessoas que vieram da Colômbia, Peru, México, Canadá, Mongólia; desses dois últimos países, os “trabalhadores” tem idade de 67 e 77 anos.
Os representantes da Ong irão visitar no total treze países, promovendo contatos com as Polícias Federais e aeroportuárias, buscando processos e procedimentos, para que a inibição ao tráfico seja mais eficiente.
A pena cumprida em Hong Kong para quem se enquadra como traficante é de dez anos. A “Voice For Prisoners” dá assistência a esses encarcerados, tanto no apoio as famílias em seus locais de origem, como por meio de cursos e apoio jurídico.