Vacina para senhoras e senhores: prevenir é sempre melhor do que remediar

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Existem vacinas indicadas para pessoas com mais de 50 anos que podem evitar muitos problemas. Os médicos Abrão Cury, presidente da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, e Patricia Soares, geriatra, explicam o que está disponível e como funcionam.

A mais nova combate a Herpes zoster, infecção viral que provoca feridas na pele, geralmente, acompanhada de dor intensa. Alguns conhecem a doença como cobreiro. Pode atingir qualquer parte do corpo, mas é mais frequente no tronco e no rosto. Causada pelo vírus varicela-zoster, o mesmo da catapora, acomete pessoas que tiveram a doença em algum momento da vida e ficaram com o vírus adormecido no corpo. Anos mais tarde, esse vírus pode reativar na forma dessa doença dolorosa e de longo tratamento. A vacina diminui as chances de ter o problema.

 Essa vacina é aplicada na gordura do braço, o famoso ‘tchauzinho’, dói pouco e, no mês seguinte à aplicação, não se pode tomar outras vacinas e nem ter contato com grávidas e pessoas com a imunidade comprometida. Não está disponível no sistema público de saúde e, nas clínicas particulares, em média, custa R$ 400, o que não é barato, mas frente às dores e à eventual necessidade de internação, vale a pena.

 Outra vacina recomendada para senhores e senhoras é a pneumocócica, aliada no combate de algumas doenças, como pneumonia e meningite. Está disponível no sistema público de saúde para idosos e, nas clínicas particulares, custa em torno de R$ 200. É intramuscular e, por uma semana, o local fica bem dolorido.

 A mais conhecida é da gripe, que já se comprovou sua eficiência. Oferecida nos postos de saúde combate o vírus do ano e, nas clínicas particulares, em geral, ‘mata’ mais vírus e custa em torno de R$ 80. A vacina da gripe vale a pena, principalmente, porque idosos ou pessoas com doenças crônicas podem ter complicações e chegar à pneumonia.

 

Existem outras vacinas que podem ser úteis para pessoas com mais de 50, como a da Febre Amarela, se morar ou viajar para um local onde a doença é prevalente, mas, assim como outras, é importante conversar com o médico para avaliar benefícios e riscos.

 

As vacinas pneumocócicas e Herpes zoster só são aplicadas com indicação médica. Portanto, é preciso uma avaliação e, se indicadas, obter receita. Existem vacinas que deveriam ter sido tomadas na infância e que, se não foram, podem ser aplicadas na vida adulta, mas, de novo, cabe ao médico avaliar benefícios e indicações. Pessoas alérgicas aos componentes de qualquer vacina não deve tomá-la e, mais uma vez, só o médico pode avaliar.

 

Algumas vacinas não oferecem proteção total, com isso, a pessoa, mesmo vacinada, pode desenvolver a doença. Muitas têm período de proteção restrito, 7 ou 10 anos, e aí tem que se tomar novas doses para manter a proteção. Existem vacinas em dose única ou em várias doses, também há polêmicas quanto à idade ideal para aplicação, 50 ou 60 anos, e se vale a pena aplicar em quem teve essas doenças, tudo isso pode ser esclarecido por médico.

Fonte: Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
www.clinicamedicaonline.com.br

 

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