Estão sendo mais frequentes os casos de aposentados que realizam viagens de instercâmbio. Segundo a Pesquisa Selo Belta 2016 o índice dos estudantes brasileiros da terceira idade que realizaram intercâmbio passou de 2,4% em 2012 para 7,7% em 2015.
“A moda agora entre o público com idade acima dos 50 anos é de conhecer um pedaço do mundo através das viagens de intercâmbio. Eles querem, além de aprender um novo idioma, conhecer uma nova cultura e alguns até preferem ficar em casa de família para ter um contato mais próximo com a cultural local”, diz Maura Leão, presidente da Belta (Associação das Agências de Intercâmbio)
Em 2012, José Amaral embarcou para Vancouver, no Canadá, para um intercâmbio de um mês e em outubro de 2016 embarcará novamente para estudar inglês, dessa vez em Cape Town, na África do Sul. “Acho que a principal vantagem de ter feito intercâmbio nessa idade é que nós nos preocupamos muito com o relacionamento humano e a cultura do país, em conhecer novos lugares com sua beleza típica”, diz Amaral.
Quem seguiu os mesmos passos foi a professora de inglês aposentada Ester de Andrade, 74 anos, que viajou para Londres, na Inglaterra em 2002 e para Auckland, na Nova Zelândia, em 2013 com objetivo de ampliar o vocabulário e conhecer novos lugares. “Já tenho bom conhecimento de inglês, até hoje dou aulas particulares para quem precisa, mas sempre aprendo bastante nas viagens”.
Para a Belta um dos fatores que têm influenciado o crescimento da terceira idade na busca por viagens internacionais é o aumento da expectativa de vida da população brasileira, que hoje atinge a média de 75,2 anos segundo dados do IBGE de 2014 – contra 71,3 anos divulgados em 2003, um aumento de 5,62% em 11 anos.
“Eles buscam novos desafios, dando mais importância à qualidade de vida e a atividades que os deixam mais ativos mantendo o espirito jovem”, diz Maura Leão.
Outro fator motivacional é que nesses cursos os estudantes geralmente têm aula de idioma no período da manhã e realizam atividades culturais e turísticas no período da tarde, com acompanhamento de um profissional da escola. A programação é feita de acordo com cada perfil e interesse do estudante. Para eles a grade horária também é menor e os professores fazem exigências de acordo coma faixa etária e a carga horária
Estão em alta a Argentina, Canadá, Estados Unidos, França, Malta, Inglaterra e Itália como destino para essa faixa etária.
Por Redação