A privação de sono pode acelerar o progresso de doenças neurodegenerativas

Muito se fala da importância do sono para a nossa saúde. O sono vai muito além de um momento de descanso. É um processo fundamental para o bom funcionamento do nosso sistema nervoso, sendo essencial para o nosso bem-estar físico e mental – e para a saúde do nosso cérebro.

Infelizmente, problemas relacionados ao sono afetam uma parcela significativa da população. Para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1 em cada 3 pessoas no mundo sofra de algum tipo de distúrbio do sono, sendo a insônia o distúrbio mais comum acometendo cerca de 30% da população mundial – desses, em torno de 10% dos adultos têm insônia crônica.

Para entender: a insônia crônica significa que há dificuldades para dormir ou manter o sono por pelo menos três noites por semana durante três meses ou mais. Isso afeta não apenas a qualidade de vida, mas também a produtividade, o bem-estar emocional e a saúde física.

Durante o sono, o cérebro realiza funções vitais de recuperação e reorganização. Período em que as informações adquiridas durante o dia são processadas e consolidadas a memória, bem como a eliminação de toxinas que se acumulam ao longo das atividades diárias.

O sono também tem um papel crucial na regulação emocional, aprendizado e função cognitiva. Sem um sono de qualidade, os riscos de dificuldades cognitivas, problemas de memória e até distúrbios neurológicos aumentam consideravelmente.

Em condições neurológicas, como Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla, Epilepsia e Distonias, os distúrbios do sono são comuns. Essas doenças podem tanto interferir no sono quanto se agravar pela falta de descanso adequado.

A privação de sono pode acelerar o progresso de doenças neurodegenerativas e aumentar a frequência de sintomas como tremores, espasmos musculares, dificuldades cognitivas e ansiedade.

As causas da insônia são diversas e incluem estresse, ansiedade, depressão, hábitos inadequados de sono e doenças físicas e neurológicas. Abaixo algumas informações  uteis para melhorar a qualidade do sono:

Estabelecer uma rotina – Dormir e acordar sempre no mesmo horário ajuda a regular o relógio biológico e melhorar a qualidade do sono. Criar um ambiente propício, um local escuro, silencioso e com temperatura agradável favorece um sono mais profundo e reparador.

Outro detalhe importante: evitar substâncias estimulantes como cafeína, nicotina e álcool próximo à hora de dormir, pois podem interferir no sono. E, também, praticar exercícios regularmente, pois ajuda a relaxar o corpo e melhorar o sono, mas evite exercícios intensos perto da hora de dormir.

Por fim, técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, ajudam a acalmar a mente e a facilitar o adormecer.

Se você sofre de distúrbios do sono, como insônia, apneia do sono ou outros problemas relacionados, é importante procurar a orientação de um médico.

O sono é essencial para a saúde neurológica. Por meio de estratégias corretas e a adoção de hábitos saudáveis, é possível garantir noites de descanso reparador, o que contribui diretamente para o bem-estar geral e a qualidade de vida.

Fonte: Dr. Kleber Duarte, médico neurocirurgião com quase 30 anos de experiência área de neurocirurgia funcional e dor. Atualmente é coordenador do Serviço de Neurocirurgia para Saúde Suplementar e Neurocirurgia em Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

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