Dicas de Viagem: arqueólogo e autor do livro Desafios da Fé traz sugestões de roteiros religiosos

Das águas do Rio Jordão à serenidade da Terra Santa, mergulhe nas histórias e paisagens que definiram o cristianismo

 

É comum que pontos turísticos religiosos ganhem destaque não apenas em guias de viagem, mas também nas páginas de obras literárias, onde autores escrevem narrativas que atravessam esses locais sagrados ou compartilham suas próprias experiências durante visitação, enriquecendo suas vivências com a espiritualidade e a história que esses lugares carregam.

É isso que Rodrigo Silva, teólogo e arqueólogo, faz em seu novo devocional “Descobertas da Fé”.

O autor best-seller utiliza de suas viagens a estudo e trabalho para contar histórias sobre os acontecimentos dos lugares sagrados que frequentou. Lugares como Jerusalém, Jordânia e Egito são frequentemente citados, ilustrando a conexão entre fé, cultura e identidade que esses destinos evocam. Inspirados pela forma como tais locais refletem tanto em contextos históricos quanto contemporâneos, Rodrigo Silva indica roteiros espirituais, que incluem tanto pontos emblemáticos fora do Brasil quanto tesouros nacionais para quem quer, não apenas passear, mas se conectar com sua espiritualidade.

Pertinho e cheio de história

Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork o MAB é um destino relevante para os interessados em história e arqueologia bíblica ou mesmo para embasar um bom roteiro de viagem. Localizado na cidade de Engenheiro Coelho, no campus do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), a 165 km de São Paulo, o espaço abriga uma rica coleção de artefatos relacionados à história bíblica e ao contexto do Antigo Oriente Médio. O acervo inclui réplicas de manuscritos antigos, cerâmicas e outros itens que ajudam a contextualizar e entender melhor as narrativas históricas em uma viagem ao passado. O museu também serve como um centro educacional, promovendo estudos e pesquisas que contribuem para a compreensão da história bíblica à luz da arqueologia.

Visite:  Abre de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Como chegar:  de ônibus o destino pode ser Limeira ou Artur Nogueira e, em seguida, pegar um transporte local ou táxi até Engenheiro Coelho.  De avião vá até o aeroporto de Campinas que fica 60 km de Engenheiro Coelho.

Onde tudo aconteceu

Para quem tem a oportunidade de ir mais além e quer se aprofundar na fé e na história de Jesus Cristo, a Terra Santa não pode faltar em seu roteiro. A região do Oriente Médio, localizada entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão, inclui partes de Israel, Jordânia e Cisjordânia.

Em Jerusalém, no coração de Israel, é permitida a visita ao Monte das Oliveiras, onde Jesus frequentemente orava; o Gólgota, onde foi traído, e o caminho da Via Dolorosa até o Gólgota, onde foi crucificado, oferecem uma conexão direta com a vida de Jesus. O Muro das Lamentações e o Domo da Rocha adicionam camadas de conexão religiosa e histórica à jornada.

Belém e Nazaré complementam o roteiro com experiências igualmente enriquecedoras, como visitar o local onde Jesus nasceu e a vila onde cresceu. Belém, localizada a apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém, tem a Igreja da Natividade, uma das mais antigas igrejas no mundo, marca o local tradicionalmente aceito como o de nascimento de Jesus, proporcionando aos visitantes um momento de reflexão e veneração.

“Para aqueles que desejam conhecer as terras santas, especialmente Israel e Jerusalém, onde Jesus esteve, a experiência é profundamente significativa. Se houver a possibilidade de expandir o itinerário, recomendo incluir, além de Israel, a Jordânia e o Egito. Esses três destinos proporcionam uma imersão rica nos locais citados na Bíblia. Dentre todos, destaco Jerusalém como o ponto central, a cidade onde Jesus foi crucificado e ressuscitou. Estar presente nesse local é uma experiência incomparável e carregada de emoção”, completa Rodrigo.

Visite: A melhor época para visitar a Terra Santa é durante a primavera, entre março e maio e o outono, de setembro a novembro, quando as temperaturas são amenas e o clima é ideal para explorar os locais sagrados.

Como chegar: A principal porta de entrada é a cidade de Tel Aviv, em Israel, onde se encontra o Aeroporto Internacional Ben Gurion (TLV). Diversas companhias aéreas internacionais oferecem voos diretos para Tel Aviv, incluindo El Al, Turkish Airlines, Lufthansa, Air France, entre outras.

Herança histórica e espiritual

Na Jordânia, os visitantes têm a oportunidade de explorar o Amã, onde você pode visitar a Citadela, que abriga ruínas antigas, incluindo o Templo de Hércules, e o bem preservado Teatro Romano. No Monte Nebo, é possível contemplar o local sagrado onde Moisés teria avistado a Terra Prometida, com uma vista panorâmica do Vale do Jordão. Em Madaba, admire o mosaico do século VI na Igreja de São Jorge, representando o mapa de Jerusalém e da Terra Santa. Em Petra, descubra a antiga cidade nabateia, esculpida nas rochas e reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO. Finalmente, em Bethany além do Jordão (Al-Maghtas), visite o local onde Jesus foi batizado por João Batista, um importante marco da fé cristã. O local marca o início de seu ministério e simboliza sua purificação e identidade divina. Visitar o Rio Jordão oferece uma experiência espiritual intensa, permitindo aos viajantes refletir sobre a importância deste momento na vida de Jesus. O cenário natural e a serenidade das margens do rio criam um ambiente propício para uma reflexão profunda, permitindo que os visitantes sintam uma conexão pessoal com os eventos descritos nas escrituras.

Visite: A melhor época para visitar é durante a primavera, entre março a maio e o outono setembro a novembro, quando as temperaturas são mais agradáveis e a experiência é mais enriquecedora.

Como chegar: O voo deverá ser até o Aeroporto Internacional Rainha Alia (AMM), que é o principal aeroporto da Jordânia e está localizado a cerca de 35 km ao sul de Amã, a capital do país. Várias companhias aéreas internacionais, como Royal Jordanian, Turkish Airlines, Lufthansa, Emirates, e Qatar Airways, oferecem voos diretos ou com escalas para o aeroporto.

Na areia da história

O roteiro no Egito vai muito além das visitas às pirâmides.  O Museu Egípcio, por exemplo, abriga uma impressionante coleção de artefatos antigos. O Monte Sinai, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, é um dos destinos mais reverenciados, proporcionando aos visitantes uma profunda conexão com essa história. A cidade do Cairo, especialmente o bairro copta, também é relevante, pois acredita-se que foi um dos lugares onde a Sagrada Família se refugiou durante a fuga para o Egito, como mencionado no Evangelho de Mateus. Além disso, o Rio Nilo, cenário das pragas do Egito e do resgate de Moisés nas águas, é uma presença constante que enriquece a experiência de quem visita o país com um interesse bíblico.

 Visite: O melhor período para visitar é entre outubro e abril, quando o clima é mais ameno, facilitando as atividades ao ar livre.

Como chegar: O voo deve ser para Aeroporto Internacional do Cairo (CAI), que é o principal aeroporto do Egito e o mais movimentado do país.  Diversas companhias aéreas internacionais oferecem voos diretos ou com escalas para o Cairo, incluindo EgyptAir, Turkish Airlines, Emirates, Qatar Airways, Lufthansa, Air France, entre outras.

Ruínas da história

Cesareia é uma cidade histórica que foi um importante centro administrativo durante o Império Romano e tem um grande significado para a história cristã. No local, há ainda um antigo teatro romano e um aqueduto. A cidade também é conhecida por seu papel na disseminação do cristianismo, sendo o local onde Cornélio, o centurião romano, foi batizado por Pedro, conforme descrito no livro de Atos dos Apóstolos. As ruínas impressionantes e a relevância bíblica tornam Cesareia um destino essencial para aqueles interessados na interseção entre história, arqueologia e fé.

“Cada pedra e cada caminho nos locais históricos, como Genebra ou Jerusalém, nos conta histórias de perseverança, revelação e transformação que são centrais para a compreensão e vivência do cristianismo hoje. Visitar esses lugares permite aos fiéis tocar a história viva de sua religião, reforçando a conexão pessoal e comunitária com o divino”, reforça Rodrigo.

Visite: A melhor época para visitar Cesareia é durante a primavera (março a maio) e o outono (setembro a novembro), quando o clima é mais agradável para explorar as ruínas e apreciar a herança histórica e bíblica do local.

Como chegar:  pegue um trem da Estação Central de Tel Aviv (Tel Aviv HaHagana) em direção a Haifa. Desça na estação de trem Binyamina, que é a mais próxima de Cesareia. A viagem de trem leva cerca de 30 a 40 minutos.

 

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