Nas férias de janeiro e julho e nos feriados de fim de ano, os problemas aéreos se multiplicam: atrasos, cancelamentos de voos de última hora e conexões perdidas. Apesar de serem situações comuns, a maioria dos passageiros ainda não conhece seus direitos.
Levantamento da Resolvvi, plataforma especializada em acesso à Justiça digital, mostra que 74% dos clientes nunca haviam acionado o Poder Judiciário antes de enfrentar um problema com companhias aéreas. Desde 2017, a empresa, por meio da conexão com advogados cadastrados, já finalizou 21,6 mil casos e ajudou a recuperar mais de R$ 121 milhões em indenizações, com taxa de sucesso próxima de 90%.
Entre os direitos que mais deixam de ser reivindicados estão:
- indenização por cancelamentos de voo sem aviso prévio de 72 horas;
- reembolso integral ou reacomodação imediata em caso de cancelamento;
- assistência material em atrasos, que inclui alimentação após duas horas de espera e hospedagem quando há pernoite;
- indenizações por bagagens extraviadas, além do reembolso de despesas emergenciais;
- direito básico de receber informações claras sobre o motivo do atraso ou do cancelamento do voo.
A Resolvvi também destaca algumas recomendações para que os passageiros evitem prejuízos. Guardar cartões de embarque e comprovantes de gastos, registrar todas as comunicações com as companhias aéreas, conhecer os prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para reacomodação e reembolso e recorrer ao Judiciário em caso de descumprimento são medidas essenciais. Outra dica é utilizar plataformas digitais que simplificam o acesso a esses direitos, sem burocracia e com maior agilidade.
As informações também mostram que os picos de ocorrência de problemas se concentram nas férias escolares, sobretudo em julho, e de outubro a janeiro, além de períodos de grandes eventos, como Rock in Rio, Lollapalooza e Fórmula 1. Nessas ocasiões, cresce a demanda de consumidores que enfrentam atrasos, cancelamentos e extravio de bagagens.
Fonte: Resolvvi