Infecção Urinária: conheça os sintomas e as opções de tratamento

Infecção urinária (2) - reprodução internet

Oito em cada dez mulheres já sofreram ou sofrerão em algum momento da vida com infecção urinária. A doença é causada por bactérias que entram pelo canal da uretra e se alojam no trato urinário, atingindo a bexiga e, nos casos mais graves, os rins. O quadro infeccioso também pode afetar homens e crianças, mas acomete principalmente as mulheres porque elas possuem a uretra menor, o que favorece a migração das bactérias.

 

Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife, existem dois diferentes tipos de infecção urinária. São elas: cistite (na bexiga) e Pielonefrite (nos rins). “Em geral, os sintomas são bem parecidos. Incluem dor e ardência ao urinar, vontade de ir ao banheiro várias vezes durante o dia e à noite, urina mais concentrada com odor mais forte, sangue na urina, dores abdominais e febre”, explica. “No caso da pielonefrite, o paciente pode sentir mal-estar, náuseas, vômitos e dores nas costas”, completa o médico.

 

Uma vez que os sintomas aparecem, é necessário realizar um exame de urina para constatar a doença. “Assim que identificada, a infecção deve ser tratada com o auxílio de antibióticos”, revela Maia. Nas pessoas jovens, o tratamento dura de 3 a 5 dias. Já nos idosos, são necessários mais ou menos 14 dias. É importante salientar que se o quadro não for tratado adequadamente, ele pode evoluir para problemas mais graves que podem exigir internação e até levar à morte. “Quando as bactérias se movem da bexiga para os rins e não são combatidas adequadamente, elas entram em contato com a corrente sanguínea, o que chamamos de Urosepsis. Com isso, se não houver um tratamento correto e em tempo hábil, as complicações podem comprometer grandes órgãos do corpo”, pontua.

 

Alguns hábitos diários podem ajudar a evitar o surgimento da infecção urinária. O ideal, para isso, é consumir bastante líquido, em especial o suco de cranberry, higienizar a área corretamente e, principalmente, não prender o xixi. “Não se deve ficar muito tempo com a bexiga cheia. Isso facilita a proliferação das bactérias”, ensina Maia. “Depois da relação sexual, também é preciso esvaziar a bexiga. Outra dica para as mulheres é depois de urinar ou defecar, higienizar a área sempre de frente para trás para não trazer bactérias para a uretra no gesto contrário”, finaliza.

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